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26 de Abril de 2024

Escola Helena Guerra é flagrada doutrinando os seus alunos

A doutrinação ideológica nas escolas.

há 8 anos

Alunos da Escola Estadual Helena Guerra decidiram se mobilizar para repudiar a MP 746/2016 que aplica a reforma curricular do Ensino Médio. Ao contrário do que os alunos pensam, a reforma do ensino médio não excluí disciplina alguma; apenas haverá matérias com créditos obrigatórios, enquanto outras serão optativas.

A proposta aumentará o carga horária para 7 horas e, pelo visto, os alunos não querem estudar.

Os meninos estão se formando sem saber escrever, ler e calcular adequadamente. Esse modelo de reforma já estava formatado desde o governo Dilma, mas a má-fé e as meias verdades deixam evidente a má vontade da caterva dita progressista que se diz preocupada com a educação.

Escola Helena Guerra flagrada doutrinando os seus alunos

Alunos em torno de 15 anos de idade gritaram ''fora Temer, golpista''.


É engraçado ler que os estudantes "repudiaram o Escola Sem Partido" e no mesmo instante gritaram "fora Temer golpista", pois eles estão provando exatamente o que dizer não existir, que é a doutrinação nas escolas. Estudem, aprendam sobre economia, direito constitucional, para depois quererem dar opinião sobre algo que, a propósito, vocês não sabem nada. "Querem derrubar a MP" sem nem saber o que significa e como ela é constituída. Não sabem nem como é o rito do impeachment para gritarem "governo golpista". Não, crianças. Parem de ler notícias em facebook e acharem que sabe algo, pois não sabem.

Atualmente 95% dos nossos alunos saem do ensino médio sem conhecimentos básicos em matemática, quase 40% dos universitários são analfabetos funcionais e 78,5% dos estudantes brasileiros finalizam o ensino médio sem conhecimentos adequados em língua portuguesa. Em resumo: enfiamos mais de 42 milhões de crianças e adolescentes em escolas públicas, a um custo nababesco, mas ensinamos muito pouco.

E as notícias ruins não terminam por aí. Segundo dados do Prova Brasil, 55% dos professores brasileiros dizem possuir pouco contato com a leitura. Além disso, uma pesquisa feita pela OCDE aponta que eles perdem, em média, 20% das suas aulas lidando com bagunça em sala de aula. Por fim, segundo o Núcleo Brasileiro de Estágio (Nube), quatro em cada dez universitários são barrados em seleções para estágio por causa de erros de ortografia – os estudantes de Pedagogia lideram entre os piores índices.

Não bastasse o claro fracasso na escola como instituição de ensino, não raramente ela é usada como instrumento para doutrinação ideológica. De acordo com pesquisa realizada pelo Instituto Sensus, 78% dos professores brasileiros acreditam que a principal missão das escolas é “formar cidadãos” (apenas 8% apontou a opção “ensinar as matérias”) e 61% dos pais acham “normal” que os professores façam proselitismo ideológico em sala de aula.

Evidentemente essa não é uma prática assinada por todos os docentes – e seria chover no molhado apontar aqui que parte considerável dos nossos professores atuam na melhor das intenções, quando não são vítimas de material didático de péssimo gosto. Mas, ainda assim, a doutrinação atua como uma praga numa lavoura, corrompendo a formação intelectual de incontáveis estudantes e interferindo negativamente no ambiente de trabalho dos docentes.

Para combater a prática, o advogado Miguel Nagib criou a organização Escola Sem Partido, “uma iniciativa conjunta de estudantes e pais preocupados com o grau de contaminação político-ideológica das escolas brasileiras, em todos os níveis: do ensino básico ao superior”. A organização promove o debate e denuncia práticas de doutrinação em sala de aula. Em sua página é possível encontrar inúmeros exemplos de uso eleitoreiro e político nos livros didáticos brasileiros, propaganda ideológica em instituições de ensino, professores-militantes, entre outras aberrações presentes na nossa educação.

Escola Helena Guerra flagrada doutrinando os seus alunos


Sabidamente, todos os sistemas totalitários dedicam especial atenção à formação da juventude. E doutrinam, sob pretexto de ensinar. Impõem uma “verdade”coerente com o poder vigente ou a ser implantado.

No Brasil, hoje, as noções transmitidas de política e cidadania estão flagrantemente contaminadas de conceitos marxistas, particularmente no ensino de nível médio. O que se ensina nas aulas de História, Sociologia, Geografia, e mesmo em Literatura ou Filosofia, não passa de doutrinação.

Na maioria dos Estados, a rede pública de ensino está sob controle de docentes sindicalistas, militantes partidários. Os textos escolares, quase sem exceção, empregam o vocabulário marxista, mesmo o mais ortodoxo, como “consciência de classe”, “luta de classes”, “modos de produção”, “exploração internacional”, “imperialismo americano” e a rotineira demonização do Capitalismo.

O aluno que chega à Universidade vem viciado nos esquemas mentais apreendidos de seus mal formados mestres de Ciências Humanas.

No nível superior vão deparar-se igualmente com professores assumidos ou sutilmente tendenciosos à esquerda. Ali já teriam critérios próprios que os poderiam imunizar, na melhor das hipóteses. O mal porém já está feito, desde a adolescência, desde a formação de suas opiniões.

Hoje, o “politicamente correto” proíbe a menor menção vexatória a religiões, culturas, raças, opções sexuais. Mas não se observa o menor escrúpulo em ridicularizar lideranças políticas e autores que não rezem segundo a cartilha esquerdista. Os métodos de constrangimento vão do sorriso condescendente à perda de pontos por resposta ideologicamente discordante da do respectivo professor. No discurso se propaga a intenção de “formar o cidadão crítico”; na verdade a crítica já é dada pronta, pré-fabricada.

Concursos e admissão de professores dependem de critérios inquestionavelmente políticos. Exemplos mais flagrantes disso foram observados no Estado do Rio Grande do Sul e no Distrito Federal, onde a máquina burocrática tem sido dominada há décadas por partidos de esquerda. Os textos escolares comprovam o implícito ou explícito marxismo. Diferentes dos tradicionais manuais de História, de autores conhecidamente eruditos, os atuais textos didáticos são produzidos em autoria coletiva, portando mínima ou nenhuma titulação. A indústria do livro escolar, seja dito de passagem, de consumo obrigatório e em grande escala, será um dos melhores negócios nas atuais circunstâncias.


Escola sem partido é o começo.

Trata-se de uma iniciativa destinada a entrar para a história da educação em nosso país.

Se a lei for aprovada pelo Parlamento brasileiro, a doutrinação política e ideológica em sala de aula e a usurpação do direito dos pais a que seus filhos recebam a educação moral que esteja de acordo com suas próprias convicções estarão com os dias contados.

A tramitação desse projeto de lei não impede que os anteprojetos de lei elaborados pelo Escola sem Partido sejam apresentados às Assembleias Legislativas dos Estados e às Câmaras de Vereadores dos Municipais.

Pelo contrário: é importante que esses anteprojetos continuem a ser divulgados, a fim de fomentar o debate sobre o tema da doutrinação em todo o país, o que criará um ambiente favorável à aprovação da lei pelo Congresso Nacional.

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10 Comentários

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Acho que o jovem Guilherme foi muito feliz na abordagem sobre o tema.
Sua análise merece nossa atenção e preocupação.
A nação brasileira necessita, o quanto antes, mudar tal situação
O projeto Escola Sem Partido se mostra alvissareiro e merecedor de consideração e apoio.
jafroes. continuar lendo

Se fosse ao inverso, se a suposta "doutrinação" que dizem que a esquerda faz fosse de direita, conservadora, haveria tanta paixão pelo "Escola Sem Partido"?! E o que é doutrinação, muito subjetivo, para uns basta dizer que o pessoal ficou satisfeito na união soviética, ou que capitalismo é o modelo aparentemente mais adequado.

Pra mim, esse escola sem partido é inconstitucional, afrontando a liberdade de expressão. continuar lendo

A "suposta" doutrinação (as aspas devem ser invertidas) tem centenas de provas, bastando fazer uma breve pesquisa. Se a doutrinação fosse de direita, haveria a mesma necessidade do Escola Sem Partido, pois este não se prende a um lado ds doutrinação: o que ocorre é que a doutrinação marxista é infinitamente maior do que outras, inclusive maior que a doutrinação religiosa. Qualquer marxista que se preze sabe que o espaço acadêmico deve ser dominado para que se faça uma revolução. Quanto à liberdade de expressão, engraçado como não se defende isto ao aluno, nem sua liberdade de consciência e, menos ainda, seu direito pleno a educação. Aliás, a alegação de liberdade de expressão é mera retórica, pois basta colocar um professor exaltando o integralismo, alguma religião majoritária ou sobre a ditadura militar que... vai bradar que eles não tem liberdade de expressão! continuar lendo

Escola sem partido é uma bobagem.

As crianças e jovens sempre estarão à mercê de ouvir opiniões alheias e tentativas de doutrinação diversas.
É parte da vida em sociedade, do processo de aprendizado e do amadurecimento.

São os pais que precisam estar atentos ao que o filho ouve, na escola, dos professores.
Se houver exagero do professor, deve comunicar à direção e/ou secretaria de educação. Se necessário, até mudar de escola.
No mais, conversar sempre com o filho. Expor as próprias opiniões (a favor ou contra o que diz o professor) e discutir com o filho sobre o assunto. Fazê-lo usar do seu senso crítico e pensar sozinho.

Nenhuma escola é culpada da má educação do seu filho. A responsabilidade é sua (pai, mãe, aluno). continuar lendo

O problema é que com dinheiro público, o partidarismo que acaba sendo ensinado é do governo de turno. Ou você acha que a esquerda que está no poder no Brasil está ensinando alguma das doutrinas de direita?

Não, dinheiro público não é para ensinar qualquer tipo de doutrina política. continuar lendo

Edu,

Se o conteúdo didático não estiver sendo ministrado, denuncie à secretaria de educação.
Mas se estiver, concentre-se em fazer do seu filho uma pessoa menos influenciável. Isso servirá para a escola, para o futuro emprego, para a vida.

Abraço. continuar lendo

Uma observação: embora, de certo modo, mereça ser parabenizado pelo teor da publicação, alguns pontos - não todos! - não assiste razão. Um deles é a confusão que se fez, ao falar do projeto escola sem partido, entre política e partidarização. continuar lendo